Paraná registra recorde de afastamentos por saúde mental (fonte: Tribuna do Paraná)

Paraná registra recorde de afastamentos por saúde mental

O Paraná atingiu um marco preocupante em 2024: um número recorde de 24.706 licenças médicas devido a transtornos mentais, colocando o estado na sexta posição nacional em afastamentos por essa causa. Os dados, divulgados pelo Ministério da Previdência Social, revelam uma tendência alarmante que afeta não apenas a saúde dos trabalhadores, mas também a economia local.

Ansiedade lidera as causas

Entre os principais motivos de afastamento, destacam-se: transtornos de ansiedade, com 6.026 casos; depressão, com 5.993 licenças; transtorno bipolar, com 3.998 ocorrências; e depressão recorrente, com 3.013 registros.

A Dra. Francielle Carvalho, da Paraná Clínicas, atribui o aumento dos casos à maior conscientização sobre saúde mental pós-pandemia. “No transtorno ansioso, os sintomas incluem ansiedade excessiva que persiste por meses, afetando o desempenho pessoal e profissional, além de inquietação, fadiga, e dificuldades de concentração”, alerta a especialista.

Impacto econômico global

O cenário paranaense reflete uma crise mundial. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que anualmente são perdidos 12 bilhões de dias de trabalho devido à depressão e ansiedade, custando à economia global cerca de US$ 1 trilhão por ano.

Empresas buscam soluções
Diante desse quadro, as empresas paranaenses estão se adaptando. O Dr. Eduardo Senter, coordenador médico da Paraná Clínicas, recomenda: “É fundamental oferecer uma rede de apoio, seja com profissionais internos ou por meio de operadoras de saúde, além de dispor de espaços adequados para descanso e relaxamento.”

Novas regulamentações

Em agosto de 2024, o Ministério do Trabalho atualizou a NR-1, incluindo a identificação de riscos psicossociais no ambiente de trabalho. O Dr. Gustavo Deboni, também da Paraná Clínicas, destaca: “A partir de maio deste ano, será obrigatória a identificação e avaliação dos fatores psicossociais no ambiente de trabalho, tornando-o mais leve e acolhedor.”

Prevenção é a chave

Especialistas concordam que a prevenção é crucial. Medidas como flexibilidade de horário, redistribuição de tarefas

e programas de bem-estar podem ajudar na adaptação e prevenir novos casos de adoecimento mental.

O desafio da saúde mental no trabalho é complexo, mas com ações coordenadas entre empresas, profissionais de saúde e trabalhadores, é possível criar ambientes mais saudáveis e produtivos em Curitiba e em todo o Paraná.

Fonte: Tribuna do Paraná

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